Irregularidades levantadas pelo TCU no CNIS podem gerar
problemas para os trabalhadores na hora de aposentar que vão da diferença no
valor até ter o pedido negado. Saiba o que fazer
Os trabalhadores e trabalhadoras que contribuem para a
Previdência Social todos os meses, seja por meio de contribuições como
autônomos ou como celetistas, no caso dos formais, em que as empresas têm de
fazer os recolhimentos, podem e devem fiscalizar a frequência de contribuições
e detectar irregularidades para que, na hora de se aposentar, não tenham
nenhuma ‘surpresa’ com a contagem de tempo para o cálculo do benefício.

O meio para esse acompanhamento é o Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS). Trata-se de um importante instrumento que ajuda o
trabalhador a acompanhar a sua vida profissional ao longo dos anos, incluindo
vínculos empregatícios e contribuições previdenciárias ao longo da vida.
De acordo com o pesquisador Remígio Todeschini, da
Universidade Federal de Brasília (UnB), que é especialista em Previdência, que
o acompanhamento dos cadastros no CNIS sofre pela falta de fiscais do trabalho
e de servidores da Previdência. Desde 2016 não há reposição desses
profissionais. Remígio afirma que o déficit é 19 mil servidores que saíram do
INSS e, até agora, não foram repostos.
A fiscalização deveria ser redobrada, mas o atual governo,
deliberadamente, cortou a fiscalização para que os patrões, conforme já disse
Bolsonaro, não tivessem o governo no seu cangote - Remígio Todeschini
Quais são os erros no
CNIS
Além de períodos não computados, os erros vão desde dados
incompletos a inconsistências entre números de inscrição de trabalhadores
(NIT´s). Por isso a atenção do trabalhador é fundamental já que a fiscalização
que é de reponsabilidade do governo federal vem se mostrando ineficiente.
Como fiscalizar
Para acessar o CNIS, o trabalhador deverá acessar o Meu INSS
(no site ou aplicativo), com seus dados ou solicitar o documento em uma agência
do Banco do Brasil ou Caixa Federal (nestes casos é necessário ser cliente dos
bancos). Pode ainda ligar 135 e agendar o atendimento em uma agência do INSS.
Passo a passo no
aplicativo
Baixe o aplicativo Meu INSS em seu smartphone;
Acesse o aplicativo e na tela inicial toque em avançar;
O aplicativo pedirá seus dados. Você pode usar os dados
cadastrados no Gov.Br, caso já tenha utilizado o sistema. Se não possuir, toque
em crie sua conta;
Após criar a conta, preencha com seu CPF e toque em avançar;
Digite a sua senha e toque em avançar;
Depois, toque em autorizar na próxima página;
A partir deste ponto, você estará na página inicial do Meu
INSS;
Toque em Extrato de Contribuição (CNIS);
No rodapé da página, toque em baixar PDF;
Escolha versão completa (com vínculos e remunerações) e
toque em
Passo a passo pelo site:
Acesse site do Meu
INSS;
Assim como no celular, você pode usar os dados cadastrados
no Gov.Br, caso já tenha utilizado o sistema. Se não possuir, toque em crie sua
conta;
Após o login, clique em Extrato de Contribuição (CNIS);
Quando o sistema carregar os dados (pode demorar), clique em
Baixar PDF ao final da página;
Depois, clique em Versão completa (vínculos e remunerações)
e em continuar;
O computador fará o download de um arquivo com nome
"extrato.pdf";
Passo a passo pela Caixa e Banco do Brasil
Este meio é possível somente para correntistas da Caixa e
Banco do Brasil, por isso, é possível consultar pelo aplicativo dos bancos.
Uma vez no
aplicativo, faça o seguinte:
Acesse FGTS e INSS;
Toque em INSS;
Depois, toque em extrato previdenciário;
Após ser exibido o extrato clique no sinal de compartilhar e
na opção salvar uma imagem.
Obs.: Neste caso, para obter informações salariais será necessário clicar em cada um dos vínculos empregatícios.
Escrito por: Andre Accarini | Editado por: Marize Muniz