quarta-feira, 17 setembro 2025
Desemprego no Brasil cai para 5,6% em julho, menor patamar da história
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho, mostram dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do percentual mais baixo de toda a série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), coletada desde 2012.
Como ficou o desemprego
Taxa de desocupação fecha julho no menor nível da história. O percentual mais baixo de desemprego em mais de 13 anos foi atingido após a taxa ficar abaixo do resultado do trimestre encerrado em junho, quando 5,8% da população com 14 anos ou mais se enquadrava como desocupada. No ano passado, a taxa de desemprego entre maio e julho era de 6,8%.
População ocupada alcança 102,4 milhões e também bate recorde. Com a evolução, o nível da ocupação, correspondente ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, se manteve no patamar recorde de 58,8%. O número de trabalhadores com carteira assinada totalizou 39,1 milhões, maior volume desde 2012.
“Esses números sustentam o bom momento do mercado de trabalho, com crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, ou seja, um mercado de trabalho mais ativo”.
– diz William Kratochwill, analista do IBGE
Informais
Taxa de informalidade recuou para 37,8% em julho. O percentual aparece ligeiramente menor que a do trimestre móvel anterior (38%) e também é menor do que a registrada no mesmo período do ano passado (38,7%). O contingente de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) também foi recorde, com alta de 1,9% (mais 492 mil pessoas) no trimestre e 4,2% (mais 1 milhão) no ano.
Número de profissionais sem vínculo formal aumenta. A alta aponta que 38,8 milhões de profissionais estão na condição, taxa superior às apuradas no trimestre anterior (38,5 milhões) e em julho do ano passado (38,7 milhões). O número de empregados do setor privado sem carteira assinada (13,5 milhões) ficou estável nas duas comparações.
O crescimento da parcela informal da população ocupada foi marginal, sem significância estatística. No entanto, a parcela formal continuou a crescer, promovendo uma redução significativa neste indicador.
Subutilização em queda
População subutilizada caiu a 16,1 milhões no trimestre até julho. O total representa uma queda de 8,8% (menos 1,6 milhão) no trimestre e de 12,4% (menos 2,3 milhões) em um ano. A análise considera aqueles empregados com insuficiência de horas trabalhadas, os desalentados (que desistiram de procurar trabalho) e os subutilizados por outras razões não especificadas.
Total de subocupados por insuficiência de horas ficou estável. O número, formado por 4,6 milhões de profissionais, não teve modificação no trimestre, mas recuou 7,1% (menos 349 mil pessoas) no ano. Já a população fora da força de trabalho (65,6 milhões) manteve estabilidade nas duas comparações.
População subutilizada caiu a 16,1 milhões no trimestre até julho. O total representa uma queda de 8,8% (menos 1,6 milhão) no trimestre e de 12,4% (menos 2,3 milhões) em um ano. A análise considera aqueles empregados com insuficiência de horas trabalhadas, os desalentados (que desistiram de procurar trabalho) e os subutilizados por outras razões não especificadas.
Total de subocupados por insuficiência de horas ficou estável. O número, formado por 4,6 milhões de profissionais, não teve modificação no trimestre, mas recuou 7,1% (menos 349 mil pessoas) no ano. Já a população fora da força de trabalho (65,6 milhões) manteve estabilidade nas duas comparações.
Percentual dos que deixaram de procurar emprego caiu 11%, para 2,7 milhões. A queda do número de desalentados considera 332 mil pessoas a menos na condição entre maio e julho. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda é ainda maior: de 15%, o equivalente a menos 475 mil pessoas.
Salário dos brasileiros cresce
Rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.484. O valor representa um avanço de 1,3% no trimestre e 3,8% no ano. O salário médio é também o maior de toda a série histórica da Pnad, iniciada em 2012
O que é a Pnad Contínua
Divulgado desde 2012, o estudo do IBGE abrange todo o território nacional. Em suas coletas, a pesquisa avalia indicadores relacionados à força de trabalho entre a população com 14 anos ou mais. O grupo é aquele que integra a População Economicamente Ativa do país.
Os indicadores utilizam as informações dos últimos três meses para a pesquisa. Assim, os dados produzidos mensalmente pela Pnad não refletem a situação de cada mês, mas, sim, o desempenho de cada trimestre móvel do ano. Sendo assim, os números atuais mostram como foi o mercado de trabalho entre os meses de maio e julho de 2025.
Taxa de desemprego é formada por quem busca e não consegue emprego. O grupo é caracterizado por pessoas de dentro da força de trabalho que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar emprego. O método utilizado pelo IBGE exclui do cálculo todos que estão fora da força de trabalho, como um estudante universitário que dedica seu tempo somente aos estudos e uma dona de casa que não trabalha fora.
Fonte: Do UOL, em São Paulo.
17/09/2025 09h00