quinta-feira, 21 novembro 2024
o que é melhor para os trabalhadores e as trabalhadoras.
Escrito por: Luiz R Cabral | Editado por: Rosely Rocha – CUT
Enquanto uns defendem o emprego com carteira assinada, outros ainda têm uma visão equivocada do que se chama empreendedorismo, confundindo relação precária de trabalho com autonomia.
É um alívio ter um contrato assinado na carteira profissional por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que é uma garantia de direitos desde a admissão até a demissão, como, entre outros, a jornada de trabalho de até 44 horas semanais, horas extras remuneradas, férias remuneradas com adicional de 1/3 do salário, abono de 13º salário, Fundo de Garantia (FGTS), seguro-desemprego, licença-maternidade/paternidade, aviso prévio e proteção contra demissão arbitrária.
Alguns outros benefícios também costumam ser oferecidos, como o vale-refeição e plano de saúde, voucher para academia, incentivos aos estudos e à qualificação profissional, bonificação referente aos lucros obtidos pela empresa, plano de saúde de excelente qualidade, viagens pagas pelo mundo, trabalho em home office, curso de idiomas e pós-graduação pagos, 14 salário e muito mais, o que hoje chamam de CLT Premium.
Mas o que poucos entendem é que esses e outros benefícios são conquistas da luta do movimento sindical. São direitos conquistados, muitas vezes, por meio de Convenção ou Acordo de Trabalho, negociados entre os sindicatos dos trabalhadores e as empresas.
Geração Z e a CLT Premium
A “CLT Premium” hoje é um reflexo de uma geração que tem se insurgido contra regras rígidas e exploração do trabalho, e como as empresas precisam de profissionais aptos para o seu funcionamento elas se sentem obrigadas a oferecer muito mais, o que demonstra mais uma vez, que o trabalhador qualificado e ciente de sua força de trabalho aliado à proteção da CLT, pode mais.
Geralmente, esses profissionais são da geração Z: jovens nascidos entre 1997 e 2012, que cresceram imersos em um ambiente onde a tecnologia digital e a internet são onipresentes. Considerados nativos digitais, eles se familiarizaram desde cedo com smartphones, redes sociais e a conectividade contínua, com acesso a uma quantidade de informações sem precedentes.
Profissionalmente, eles, da Geração Z, primam pela flexibilidade no ambiente de trabalho, valorizam horários adaptáveis, modelos de trabalho remoto e a possibilidade de moldar seu ambiente de trabalho conforme suas necessidades. Para eles, essa flexibilidade não apenas se traduz em um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mas também impulsiona a criatividade e a inovação. Se na empresa onde trabalham não houver essas condições, pedem demissão e vão em busca de melhores oportunidades, e quanto mais vagas de emprego forem abertas, mais oportunidades de escolha tem o trabalhador.